Pan-Pot

(see the English version below)

Hoje é o grande dia em que Nova York recebe a dupla formada por Tassilo Ippenberger & Thomas Benedix, diretamente de Berlim. Pan-Pot é hoje uma das grandes estrelas do techno mundial e tivemos a felicidade de bater um papinho com Thomas durante o Fly BerMuDa Festival na capital alemã, no fim do ano passado. Antes de curtir a festa (clique para ver os detalhes) da Momentum que começa daqui a pouco, confira um nossa conversa. Enjoy!

Deep – Boa noite Thomas, há quanto tempo você mora em Berlim?

Thomas – Há 10 anos, mas nasci em uma cidade aqui pertinho, então sempre estive conectado com a capital, de uma forma ou de outra.

Deep – Já que você acompanha a cena há muito tempo, como vê o fato de a cidade sediar novamente um evento de grande porte como este?

Thomas – Nos anos 90 Berlim estava em alta com a Love Parade, todo mundo estava aqui, estávamos na mídia. Mas desde o seu fim, nunca mais tivemos uma grande festa acontecendo. Claro que Berlim sempre foi um grande ponto de encontro para música eletrônica, mas sinto que depois da Love Parade perdemos um pouco, as pessoas se foram e agora, com o Berlim Music Days, a coisa fica novamente pública também para pessoas que não são da cena. A cidade precisava desse evento maior, sabe.

Deep – Você acha uma boa atrair mais pessoas para a cidade?

Thomas – Claro que sempre estivemos na rota com a cena underground e clubes como Berghain, Watergate, etc, mas o BerMuDa traz tudo em uma unidade, pessoas juntas para fazerem negócios e se conectar e você não faz isso se estiver sempre underground, escondendo-se pelos cantos. É necessário ao menos um dia no ano onde todas as pessoas juntem-se, venham para Berlim se encontrar, sem ter que combinar, você apenas encontra pessoas no bar, cara a cara sabe?

Deep – Você sente falta desse contato?

Thomas – Isso não é mas normal hoje em dia. Hoje as pessoas fazem mais contato por email, eles mandam remixes mas você nunca os encontrou. É diferente quando você encontra alguém pessoalmente e chacoalha as mãos…

Deep – Você também está percebendo um movimento de retorno do techno?

Thomas – Eu acho que a cena está sempre mudando, o hype do mínimal, deep house… O house e o techno estão sempre aí, não sempre no topo, mas na base. Acho que esses outros movimentos são menores e as pessoas estão ficando cansadas de sons especiais, como deep, minimal… sempre há a necessidade de retornar às bases. O techno sempre esteve aí, ora mais forte ora menos. A cada 5, 6 anos… Veja o dubstep, hoje é super famoso, mas já esta ai desde a década de 90… só que era sujo, underground, voltou novo e reformulado, e acho que ninguém imaginaria isso antes… é imprevisível.

Deep – Vocês tocam techno em primeiro lugar, mas as vezes puxam para o house…

Thomas – Ah é, isso, sim, nós tocamos mais techno, mas somos DJs acima de tudo, e não há só uma forma de entreter as pessoas. No Sonar tocamos mais house, por exemplo. Para mim, um bom DJ é aquele que faz uma boa festa, as pessoas se divertirem…

Deep – E onde vocês vão quando querem se divertir?

Thomas – Eu gostei muito do Farbfernseher, um clube pequeno, fizeram um ótimo trabalho nele e as festas estão ótimas. Vou muito ao Watergate, gosto do Wilde Renate e realmente gosto do Kater…

Deep – E Nova York?

Thomas – É uma das minhas cidades preferidas no mundo, não vejo a hora de tocar!

Assista neste link ao documentário completo sobre suas carreiras, “back to back, The Documentary”.

E ouça aqui seu último release, “White Fiction EP”: 

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English version

Today New York receives the duo formed by Tassilo Ippenberger & Thomas Benedix, straight from Berlin. Pan-Pot represents one of the biggest artists of techno in the world, and we are happy to say we could chat with Thomas along Fly BerMuDa Festival in the German capital, in the end of last year. Before you go enjoy their gig at Momentum`s party (click here for more details), enjoy our conversation! 

Deep – Good night Thomas, for how long time do you live in Berlin?

Thomas – For 10 years, but I was born in a city very close by, so I was always connected with the capital somehow…

Deep – How do you see Bermuda Music Days?

Thomas – In the 90ths we had Love Parade and for a long time Berlin didn`t have anymore this big party happening, Berlin was always a melting point for electronic music, and BerMuDa is making it also public for other people that dont listen to this kind of music. After the Love Parede it lost a little bit, the thing went a little bit down and now it comes back. I think Berlin needs this kind of big thing, you know. 

Deep – Is it good to attract more people to the city?

Thomas – Of course the city has always been in the route with its undergrond scene and clubs like Berghain, Watergate, and others, but BerMuDa brings everything together, to make business, connection… You can`t make business and connection if you are always underground here, underground there… You need at least one day in the year where you have all the people together. The people come to Berlin and meet each other… You dont have to make an appointment with someone, but its nice to have everyone here, you meet at the bar, face to face contact… what`s not normal anymore, today is more email contact, people send remixes but you never meet this guy, its a little different, to meet someone personaly, shake the hands…

Deep – Do you also see a movement of techno return?

Thomas – I think the scene is always changing. You had minimal hype, deep house hype, but house and techno are always there, not always on the top, but on the base. Side stuffs, deep stuffs, there is a little movement, but I think people are starting to get tired of special sounds… minimal, deep stuffs, they always want something that goes back to the base, every 5, 6 years… On my perspectove the techno has always been there, sometimes stronger than others, but it`s always there. Now dubstep is really famous, but it was there in the 90th, but it was so dirty, underground, and came back pretty new. Who would imagine?

Deep – You mostly play techno, but sometimes house…

Thomas – Yeah, we mostly play techno, sometimes house, for Sonar, for example… I am a DJ, and we can`t be only one way. For me, a good DJ is the one who makes a good party and makes people happy.

Deep – Where do you like to go to have fun?

Thomas- I like Farbfernseher, a small club , they made really good job, awesome parties. I go to Watergate as well all the time. I like Wilde Renate and I really like Kater

Deep – New York?

Thomas – I love there and I can`t wait to play!

You can watch in this link the full documentary about their career, “back to back, The Documentary”. 

And listen here their latest release, “White Fiction EP”: